Setor Imobiliário

Investidores internacionais do imobiliário

Os investidores internacionais do imobiliário "continuam com muito interesse em Portugal", apesar da crise devido ao surto de Covid-19. "Resposta rápida e eficaz" é um dos fatores justificativos.
01 mai 2020 min de leitura
Os investidores internacionais no setor imobiliário “continuam com muito interesse em Portugal”, tendo em conta o “bom desempenho da economia” e a resposta ao surto de Covid-19″, de acordo com a consultora Cushman & Wakefield (CW). Ainda assim, em comunicado, a empresa alerta para “alguma incerteza quanto aos efeitos a médio/longo prazo da pandemia”, mas acredita que “os investidores mostram tenções de fechar os negócios pendentes assim que o mercado começar a voltar à normalidade”. Muitos investidores demonstram a sua disponibilidade para negócios oportunistas nesta altura, enquanto os players mais conservadores aguardam ainda para ver o desenrolar da situação, estando, contudo, prontos para investir num futuro próximo”, referiu o grupo, na sua análise ao mercado português. Na área residencial, a CW acredita que haverá algum impacto na procura de habitação nos próximos meses, mas “na eventualidade de uma rápida recuperação do mercado, não é esperado um ajuste de preços significativo, uma vez que ainda se verifica um desequilíbrio entre oferta e procura no país”. Para a consultora, a procura por parte de clientes internacionais deverá ser a primeira a retomar atividade, “uma vez que Portugal continuará a oferecer os mesmos fatores diferenciadores reconhecidos pelos estrangeiros”. A CW destaca ainda a “resposta rápida e eficaz do Governo e da sociedade” à pandemia, que “reforça esta boa reputação”. Também na área do imobiliário para indústria e logística, o aumento das vendas online irá trazer “novos intervenientes na área da logística que sairá desta crise claramente beneficiada”, sendo que o país “continua atrativo e espera-se um continuado interesse em investir no setor, com os promotores a retomarem os seus projetos, colmatando a falta de espaços de qualidade nos principais eixos logísticos”. Por outro lado, nos escritórios há alguma “incerteza” de acordo com a CW, sendo que “ainda não há sinais de impacto imediato nos valores de arrendamento, o que em parte se deve à atual falta de oferta de qualidade. No entanto, espera-se que os inquilinos solicitem incentivos, nomeadamente períodos de carência de rendas”, refere a consultora. Também o retalho está focado em “minimizar perdas e manter o setor sustentável a longo prazo” e requer “uma atitude construtiva de proprietários e inquilinos, bem como da banca e entidades oficiais”, sendo que a retoma depende do tempo que irá levar o retorno à normalidade. O setor hoteleiro está a ser “fortemente atingido”, mas há “a perceção generalizada de que as bases fundamentais do turismo não mudaram, e de que a atividade irá retomar gradualmente, assim que as restrições atuais sejam levantadas”. A CW destaca o papel do mercado interno e espanhol para a retoma e indica que “os investidores neste setor estão em alguns casos a tentar ajustar os preços de aquisição”. A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 178.500 mortos e infetou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 583 mil doentes foram considerados curados. Em Portugal, morreram 785 pessoas das 21.982 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

Fonte: https://observador.pt/2020/04/23/investidores-imobiliarios-com-muito-interesse-em-portugal/?fbclid=IwAR0zCEt9xaClpw2UMNcTMnw_ZuN9dkq2e2M4-WJHz-SyvX0giPV7jUd8Uc0
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